Maneiras de Driblar o Bloqueio Criativo

Primeiro, devo deixar claro que eu não sou uma escritora aclamada (ainda). Esse post é mais um relato do que necessariamente conselho, mas, quem sabe, as minhas maneiras de lidar com bloqueio criativo possam ajudar alguém. Eu escrevo a algum tempo e consegui terminar alguns projetos bem longos, então nessa área já tenho alguma prática.

E eu falo maneiras e não maneira porque não existe só um tipo de bloqueio criativo, logo não existe apenas uma forma de se livrar desse problema. Elas, porém, podem ser resumidas em duas: deixar para lá, e não deixar para lá.

 

Imagem meramente ilustrativa

Deixar para lá

 

Apesar de escrever constantemente ter lá sua importância, às vezes pode ser necessário dar uma pausa: se o bloqueio vai ser resolvido ou não depende muito do que vai ser feito durante esse período.

  • Trabalhar em um outro projeto

Escrever todo dia não significa escrever todo dia em um mesmo projeto. Esse método tende a ser mais benéfico nos estágios mais avançados, porque é bem nessa época que a criatividade precisa de uma refrescada para concluir a história. Claro, é necessário certa disciplina para retornar ao projeto anterior, e não ficar pulando de projeto em projeto.

  • Revisitar o conceito/enredo da história

Se o método anterior é mais útil no final, esse é mais útil no começo. Por vezes, o bloqueio acontece porque algo não está bom – e se nem você quer escrever a história, quem é que vai querer ler? Quando surge algum problema bem no começo, dur

ante os primeiros rascunhos, vale a pena dar uma repensada sobre o todo. Quem sabe, tudo o que o bloqueio precisa para ir embora é uma alteração.

Imagem meramente ilustrativa

 

Não deixar para lá

Nem sempre sucumbir ao bloqueio e parar de escrever vai resolver o problema. Isso não significa necessariamente só se forçar a escrever.

  • Escrever cenas fora da ordem cronológica

Às vezes a questão não é a história em si, e sim uma cena ou um capítulo. É comum que certos pontos do enredo não fiquem totalmente claros ao escritor, e, nesses momentos, escrever cenas mais adiante (ou anteriores) na história podem ajudar. Se alguma cena está mais claramente visualizada e planejada, é um bom momento para começá-la.

  • Escrever cenas extras

Eu já havia mencionado no post sobre escrita de obras mais longas que o número de palavras escritas tende a ser bem maior que o número de palavras final da obra. Um dos motivos para isso é que às vezes pode ser necessário que existam algumas cenas extras, não essenciais à história, mas que talvez ajudem o próprio escritor a se ambientar com o enredo, personagens e cenário.

  • Só sentar e escrever mesmo (sem se preocupar com a qualidade)

O motivo pelo qual eu evito sentar e escrever se estiver com um bloqueio (fora o bloqueio em si rs) é que geralmente a qualidade sofre, e, no meu caso, a qualidade já nem é tão boa assim.

Entretanto, a edição está aí para isso e, antes do manuscrito estar completo, sempre é possível retornar e reescrever os trechos ruins. O problema pode ser só uma cena que precisa ser “passada por cima” e tirada do caminho para continuar a história. É bem difícil escrever não tão bom e ter plena noção disso, mas só sentando para escrever o rascunho é que dá para melhorar alguma coisa.

E, claro, sacrifícios de sangue para os deuses da escrita sempre tem um bom aproveitamento.

Na dúvida, apele para as artes ocultas

 

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